Lumx Insights #8
Olá, sua fonte de informações e insights semanal acaba de chegar. Creator economy, podcast, Future of Money e muito conteúdo. Bora conferir?
Tenho dedicado muito tempo estudando e compartilhando sobre a tokenização de ativos. Contudo, hoje desejo abordar um tema dentro desse ecossistema que tem o potencial de revolucionar as interações e monetização entre criadores de conteúdo e suas comunidades em um futuro cada vez mais descentralizado.
Tempo de Leitura: 10min
Creator Economy
A discussão sobre a economia centrada na criação de conteúdo digital não é novidade. Desde o surgimento das redes sociais e da ascensão da interconectividade global, a sociedade contemporânea tem explorado maneiras mais democráticas de informar, opinar e se expressar.
Atualmente, a gama de conteúdo disponível é vasta, englobando desde músicas e textos até vídeos e outras formas de expressão. Com a ascensão da era digital, um leque de possibilidades se abriu para as novas gerações. Além das tradicionais aspirações como ser astronauta ou médico, muitas crianças agora veem profissões como youtubers, gamers, streamers e influenciadores como viáveis e atraentes. De acordo com um estudo realizado pela Nielsen, o Brasil é o país dos influenciadores, contando com cerca de 500.000 deles com ao menos 10.000 seguidores. Além disso, é estimado que, apenas no Instagram, o Brasil tenha 10,5 milhões de influencers, oito vezes o número de advogados e quase 20 vezes o número de médicos brasileiros. Essa diversificação não apenas amplia as opções de carreira, mas também redefine a maneira como interagimos e consumimos informações e entretenimento.
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Diante do crescimento expressivo de criadores de conteúdo e da multiplicidade de plataformas à disposição, a economia da atenção tem enfrentado desafios inéditos. O mercado, saturado pela profusão de conteúdos, agora se depara com um público que não mais se contenta em ser mero espectador. Este público anseia por uma participação ativa, desejando co-criar e influenciar o conteúdo que consome. Nesse contexto, emerge o conceito de comunidade. A personalização do conteúdo, alinhada aos interesses da audiência, transforma essa mesma audiência no principal veículo de distribuição, ampliando o alcance e fortalecendo o engajamento. Esse cenário propicia a formação de defensores fervorosos do conteúdo.
Esta evolução na dinâmica de criação e consumo de conteúdo enfatiza a importância da construção de comunidades sólidas e engajadas. O criador de conteúdo, ao reconhecer e valorizar sua comunidade, não apenas amplia as possibilidades de engajamento, mas também descobre novas oportunidades de monetização.
Descentralização e SocialFi
O desafio contemporâneo para criadores de conteúdo não se limita apenas à geração de conteúdo ou à formação de comunidades engajadas. Embora esses aspectos sejam cruciais, a verdadeira barreira encontra-se na infraestrutura subjacente das plataformas que utilizam.
Muitos criadores enfrentam obstáculos em plataformas centralizadas, como remoção arbitrária de conteúdo, banimentos inesperados, desmonetização, royalties excessivos e a ausência de ferramentas adequadas. Essas limitações, aliadas ao desejo de expandir as interações e possibilidades dentro de suas comunidades, estão direcionando os criadores em direção à blockchain. Com sua natureza descentralizada, a blockchain oferece uma solução robusta e transparente. Além disso, o conceito de "socialFi" emerge como uma evolução, integrando finanças e interações sociais em um ambiente descentralizado, proporcionando mais autonomia e oportunidades para os criadores e suas comunidades.
Economia de Propriedade
A economia de propriedade surge como uma resposta direta à necessidade de maior controle e autonomia por parte dos indivíduos sobre seus ativos e criações. Esta economia é fundamentada na ideia de que os criadores, sejam eles artistas, escritores, músicos ou qualquer outro tipo de produtor de conteúdo, devem ter total propriedade e controle sobre seu trabalho, sem a necessidade de intermediários que muitas vezes diluem a relação entre o criador e seu público, além de reter uma parcela significativa dos lucros.
Historicamente, intermediários, como agências, editoras e plataformas de distribuição, desempenharam um papel crucial na promoção e distribuição de conteúdo. No entanto, com a ascensão das tecnologias digitais e agora principalmente da blockchain, essa dinâmica está mudando. A raiz do problema atual é a presença desses intermediários entre fãs e criadores com recompensas monetárias mais justas para quem cria. Isso confere verdadeira propriedade e controle aos criadores e fãs, permitindo uma relação mais direta, transparente e mutuamente benéfica. É aqui que o conceito de "socialFi" se destaca, integrando finanças e interações sociais em um ambiente descentralizado, onde a propriedade e a autonomia são primordiais.
Conheça alguma das plataformas que já operam com essa mecânica de recompensa nesse link.
Mirror é um exemplo perfeito dessa transformação. Trata-se de uma plataforma descentralizada que permite aos escritores publicar, monetizar e governar seus trabalhos com total autonomia. Os escritores podem lançar seus próprios tokens, realizar crowdfundings e até mesmo decidir sobre as atualizações da plataforma através de votações. Em essência, o Mirror devolve o poder aos criadores, permitindo-lhes capitalizar diretamente sobre seu conteúdo e engajamento.
Por outro lado, temos o Lens Protocol, que se concentra na criação de uma rede descentralizada para a distribuição de conteúdo visual, como imagens e vídeos. Ao contrário das plataformas tradicionais, onde os criadores de conteúdo visual muitas vezes enfrentam problemas de direitos autorais e receitas reduzidas devido a intermediários, o Lens Protocol garante que os criadores recebam compensação justa por seu trabalho. Além disso, a plataforma utiliza a tecnologia blockchain para garantir a autenticidade e a propriedade das obras, proporcionando uma maior confiança tanto para os criadores quanto para os consumidores.
Convergência
Criadores estão buscando novas maneiras de se conectar com seus públicos, mas frequentemente enfrentam obstáculos, seja pela centralização ou falta de infraestrutura. No entanto, o interesse em conteúdos exclusivos através de colecionáveis digitais está em ascensão.
Embora as plataformas tradicionais não sejam abandonadas rapidamente, sua estrutura, antes vista como inalterável, está sendo desafiada. A tecnologia blockchain surge como uma solução, permitindo novos níveis de interação. Criadores pioneiros nesse espaço estão se adaptando rapidamente a essa tecnologia, dominando este "novo algoritmo interativo" essencial para os métodos de engajamento emergentes.
Não posso prever se haverá uma migração em massa para plataformas descentralizadas ou se as plataformas tradicionais se adaptarão. No entanto, é evidente que as dinâmicas de criação de conteúdo e engajamento estão mudando.
Por dentro da Lumx: A Semana em Resumo
Esta semana, tive o prazer de participar do podcast RibusCast, onde compartilhei detalhes sobre minha trajetória e a evolução da Lumx. Discutimos como estamos incorporando a tecnologia blockchain em corporações de grande porte. Vale destacar que a Ribus é um case notável, empregando blockchain em seu ecossistema para a tokenização no setor imobiliário.
📰 Future of Money
Foi ao ar mais uma edição de nossa coluna quinzenal na Future of Money da EXAME, desta vez com a participação de nossa CMO, Amanda.
Para aqueles interessados em se aprofundar nas inovações do comércio digital, o artigo de Amanda, intitulado “Tokengated Commerce: a revolução silenciosa do comércio digital”, é uma leitura essencial. Ela aborda as mudanças emergentes no setor, destacando como a posse de tokens está revolucionando e destravando benefícios exclusivos em nossas interações digitais, tornando-as mais imersivas e personalizadas.
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Confira as top 5 notícias que chamaram a minha atenção:
🎮 França e Web3 Games: A França avança em sua legislação e regulação envolvendo cripto, especificamente o mercado de games que utilizam colecionáveis digitais. Leia mais ➜
🗃️ Blockchain e Cartórios: Dentro das discussões sobre inovação e tecnologia no processo de digitalização de documentos públicos, a blockchain está sendo posta como uma possibilidade para cartorários. Leia mais ➜
🪙 Euro Digital: Seguindo a tendência das CBDC’s os primeiros passos para o Euro digital foram dados pelo BC Europeu. Leia mais ➜
💰 R$48,1 Milhões: O mês de Setembro totalizou em uma quantia de R$48,1 milhões de assets tokenizados emitidos. Leia mais ➜
Obrigado por ter lido até aqui! 💜
Me despeço por hora, desejando uma ótima semana a todos.
Até breve,